segunda-feira, abril 14, 2008

Historial dos Olhos da Fervença

“Fonte que tudo sorve ou fonte de Cadima Aquilégio (1726): No lugar de Cadima, distante duas léguas da Vila de Tentúgal, comarca de Coimbra, há uma fonte ou charco, que tem de altura um palmo de água, a que os da terra chamam Fervenças, a qual sorve tudo quanto nela se lança, ainda que sejão cousas que nela não cabem , e segundo escreve João Vaseo na Crónica de Hespanha, e depois dele o Padre António Vasconcelos, e Duarte Nunez de Leão nas descrições que escreveram de Portugal, já sucedeu que sorveu arvores inteiras, que de propósito se lhe lançaram, para ver se as sorvia, e chegando-lhe uma besta, a ia sorvendo, de maneira, que com grande trabalho tiveram mão nela. Esta fonte entende Vaseo, que é uma das de duas, que Plínio Histórico disse que havia em Espanha no Campo Carrinense; das quais, a outra não consentia dentro de si nada, e tudo lançava fora. Desta não há hoje notícia. Por campo Carrinense diz Vaseo, que se há de entender Campo Cantinense, que vem a quadrar com Cadima, como aquela terra hoje se chama. Outra fonte como esta se acha junto à Vila do Cano, de que adiante falamos no numero 199, deste Capitulo.(115/6)Mas na mesma obra o Dr. Mirandela descreve a Fonte Copiosa: No limite da vila de Cantanhede , comarca de Coimbra, no sítio a que chamam de Fervenças, nascem, pouco distantes uma de outro, dois olhos de água fria, com tal abundância , que cada um faz moer juntos dois engenhos de fazer farinha.(115) No Mapa de Portugal antigo e moderno Bautista (1762), justifica este poder de sorver com as seguintes palavras: “ porque ali há alguma oculta catarata, ou precipício, como bem explica o doutíssimo Feijó. Do Guarda da estação elevatório de Olhos de Fervença, ouvimos a seguinte versão: Há várias pessoas que contam, que antigamente neste lago a terra sorvia a água, conta-se até que ao fim do dia vinha aí o gado beber, e houve uma vez uma junta de bois com uma carroça, que deram um passo em falso e desapareceram nesse buraco que chupava a água, foi neste local que dizem que isso aconteceu.Continua a surpreender esta emergência de água, já não engole “juntas de bois”, mas a água borbulha em explosões contínuas do fundo de areia da “lagoa”, numa área com cerca dos 120m2. Aqui é feita a captação de água em poços de pouca profundidade (3 a 14m ) para a rede pública de abastecimento não só para o município de Cantanhede, mas para as freguesias vizinhas dos concelhos de Mira, Coimbra e Montemor-o-Velho. As nascentes que rebentam no fundo da lagoa seguem o seu percurso pela ribeira onde a 60 metros se forma a “piscina”.Todo o processo de aproveitamento desta água iniciou-se na década de 60, conforme a descrição do painel existente à entrada da estação elevatória: Em 1960 foram realizados estudos hidrogeológicos que indicavam grande capacidade produtiva nesta zona. Em 1967 a Direcção dos Serviços de Salubridade indicou a existência de um caudal de estiagem total de 20.000 litros/ segundo, nessa altura foram executados oito poços, com profundidades entre 3,75m e 7,35 m, ficando dois em funcionamento. Em 1970 iniciou-se o fornecimento ao concelho a partir desta captação, em 1982 foi executado um poço com 14m de profundidade e 2,5m de diâmetro com capacidade de um caudal médio de 40 litros/ segundo. Em Março de 1994 executaram-se os ensaios do caudal, procedendo-se ao controlo físico e químico in sitius.Com os poços actualmente em funcionamento a capacidade de captação é de 215 litros/segundo. O projecto de construção do Parque e Praia Fluvial de Olhos de Fervença, foi apresentada pelo presidente da Câmara, Rui Crisóstomo à Direcção Regional do Ambiente e Recursos Naturais em 1997 (JN – 18/5/1997). A Universidade de Aveiro foi responsável pelo estudo científico.
No final de 2000 a Câmara chegou a um acordo de indemnização com os proprietários dos terrenos em volta do local onde se veio a construir O Parque de Lazer de Olhos de Fervença, a jusante da Central de Captação. Em, 2002 a gestão do parque passou para empresa municipal Inova.” Fonte

sexta-feira, abril 04, 2008

Vitor Santos e Manuel Ribeiro acompanham com guitarradas coimbrãs o sermão do padre António Samelo no casamento de Vera Crisóstomo e Carlos Monteiro

Capela da Senhora das Neves em Póvoa da Lomba

Foi uma bela surpresa que nos proporcionaram, Vitor Santos, Manuel Ribeiro e padre Samelo, numa simbiose, naturalmente humana, entre o profano e religioso (guitarradas de Coimbra e sermão litúrgico) uma belíssima prenda para os noivos Vera Crisóstomo e Carlos Monteiro. E também para todos os que assistiram.
Foi lindo porque foi arte.